Costa oeste, perigo no mato.

A 23 anos venho reivindicando junto aos órgãos competentes, uma causa nobre e de utilidade publica. Causa esta que pode por em jogo a vida de pessoas e animais.
Gostaria que os poços de água e fossas de banheiros abandonados na faixa de proteção física e ambiental de Itaipu fossem fechados. Sugiro a presença efetiva do exercito, motivo: desconfiança. Não podendo esta ser comprida o mínimo que pode ser feito é divulgar a existência destes poços em todos os meios de comunicação durante um longo período de tempo, para que se abranja a maior parte da população, na qual deve ser informada sobre o risco.
Desta forma pode se inibir a entrada de pessoas nas reservas, inclusive caçadores.
Na possibilidade da divulgação, e os poços permanecerem abertos cabe aos órgãos competentes como IBAMA, ambientalistas e ate mesmo a justiça manter um estudo freqüente sobre o problema dos animais que diariamente caem, e morrem nestes buracos, onde se calcula 1.000 quedas diárias, e poucas chances de sobrevivência para a maioria dos animais que lá caem.
Calcula- se a existência de aproximadamente 1.200 poços e 1.200 fossas abandonados na faixa de reserva que se estende de Foz do Iguaçu a Guairá, numero esse que facilmente pode ser calculado pelo numero de famílias desapropriadas que chegou a 6.913 na área rural, e 1.606 na área urbana, totalizando 8.319 famílias. Sabe se que naquela época não existia água encanada e nem tratamento de esgoto, principalmente na zona rural, portanto segundo informações de pioneiros cada família possuía seu próprio poço de água.
Com a desapropriação essas famílias deixaram tudo pra traz, inclusive os poços, alguns submersos pelas águas do lago de Itaipu, mas uma boa parte deles ficou na faixa de proteção ambiental.
Com base no numero de desapropriados e pela quantidade de poços que foram encontrados e tapados somente na comunidade onde residimos, Vila Ipiranga, que se totalizou o numero de 28 poços, concluímos que o numero
poderia ultrapassar os 1.200 em toda a faixa de proteção. Sendo que muitos não puderam ser encontrados, por falta de informações, já que parte dos antigos proprietários moram em outras localidades. Outro fator que também dificulta, é o difícil acesso causado pela vegetação, e queda de galhos sobre a base dos buracos, o que causa uma verdadeira armadilha.
A Itaipu se manifestou em resposta a uma reportagem do jornal o Paraná, edição esta publicada no dia 21/07/08, e disse, que é proibida a entrada de pessoas na reserva, mas o que acontece é que poucas pessoas sabem disso, principalmente a população jovem já que não a divulgação neste sentido. A um grande numero de pessoas que entram diariamente nas reservas pelos mais variados motivos, como, para apanhar frutos e ervas, para a pratica de caça e pescaria. Até crianças e alunos de escolas tem entrado na faixa de proteção para fazer piquenique. Tenho ouvido vários relatos de pessoas que desconhecem esta proibição e a presença dos poços.
Falta por parte da Itaipu uma divulgação, não só pela proibição da entrada na sua faixa de proteção, mas também os riscos que possivelmente serão encontrados pela existência destes poços abandonados. Com a divulgação a Itaipu se mostraria transparente e preocupada com o bem estar da sociedade, e ainda inibiria a presença de caçadores que passariam a temer pelo risco.
Desde o inicio da minha luta pelo fechamento dos poços, venho tentando divulgar com recursos próprios esta causa.
A Itaipu por sua vez gasta milhões com royates e marketing às vezes ate desnecessário.
Ela tem se preocupado demasiadamente com sua imagem e acaba esquecendo de pequenos detalhes que podem custar a vida de seres humanos e animais. Talvez estejam brincando...
Procuro apoio para que minhas reivindicações sejam atendidas.